Principal avaliação crítica
3,0 de 5 estrelasO livro é bem dinâmico e curto, e isso, infelizmente, não é um elogio
Avaliado no Brasil em 5 de junho de 2022
Essa capa me chamou muito a atenção e sinopse arrematou essa certeza. Se eu puder resumir esta resenha em uma palavra — e eu posso —, ela seria "potencial", porque Tic Tac tem demais! Os personagens são super carismáticos, ou tenho certeza de que seriam, se houvesse mais tempo de cena pra eles e um desenvolvimento mais calmo, lento. O cenário também é muito criativo, só que não teve tempo o suficiente pra criar-se uma atmosfera na qual o leitor se sinta tão imerso quanto o que, imagino eu, era o esperado da obra pelo autor. E, aparentemente, O Jogo da Morte se passa em um universo compartilhado incrível e muito bem construído (que eu com certeza vou continuar consumindo), o qual não foi desenvolvido tão bem quando poderia ser. Esses três pontos, e mais alguns que não acho relevantes o suficiente em entrar em detalhes nessa avaliação, sintetizam bem meu sentimento geral com o livro: é um projeto ou, num termo mais """técnico""", um argumento de livro muitíssimo promissor (eu pegaria pra editar na certa), mas apressado demais. Não sei se houve todo o processo de copidesque, revisão, leitura crítica e edição... se houve, sinto muito aos profissionais, entretanto senti que não foi tão apurado quanto a obra merecia. Se a história fosse mais trabalhada, mais robusta, teria se tornado provavelmente uma leitura favoritada.
Tem uma coisa, contudo, que eu acho que foi de habilidade exímia de Cristhian Couto; a delicadeza e sutileza com que ele dissipou a representatividade e o debate sério de assuntos em voga importantíssimos da sociedade ao longo do texto, sem perder a mão. Espero logo voltar a ler mais coisas desse autor, e tô torcendo demais da conta pelo seu sucesso e sua evolução!